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19 julho 2013

WD-40 - Boatos Circulando na Internet

    Estava no Facebook quando vi uma postagem falando sobre as eficácias do uso do WD40, além dos habituais. No total  são 43 indicações de uso, mas o que me chamou a atenção foram os itens que podem afetar a saúde das pessoas.
    Vou citar alguns itens que me preocupou:
  • "36) Algumas pessoas aplicam nas mãos, braços e joelhos para aliviar dores de artrite";
  • "40) Use para picadas de formiga. Elimina o ardido imediatamente e faz parar de coçar"; 
    E o pior:
  • "P.S. O ingrediente básico é óleo de peixe".
  • "P.P.S. Mantenha uma lata de WD-40 no armário da cozinha. É bom para queimaduras. Elimina a sensação de queimado e não deixa cicatriz".
    No próprio site da empresa que fabrica o WD40 (http://www.wd40.com.br/duvidas.html), contradiz o que está descrito no "P.S." acima. Leia o trecho:
"WD-40® Produto Multiusos é óleo?
Na realidade, WD-40® Produto Multiusos, é uma mistura de concentrados químicos complexos diluídos em um destilado de petróleo de alta qualidade". 

"WD-40® Produto Multiusos é feito com óleo de peixe?
Mentira. A fórmula de WD-40® Produto Multiusos não contém nenhum tipo de extrato animal, apenas mineral. Os compostos que formam o WD-40® Produto Multiusos são a base de derivados de petróleo juntamente com uma fórmula secreta, conhecida por apenas 3 pessoas no mundo" (...)

    Ou seja, o ingrediente básico NÃO é à base de óleo de peixe.  

     Outra contradição referente ao "P.P.S.":

WD-40® Produto Multiusos pode ser usado em ferimentos e queimaduras?
O produto não foi criado para fins medicinais, mas sim para uso doméstico e industrial. A empresa não recomenda, de forma alguma, que WD-40® Produto Multiusos seja usado na pele para curar ou aliviar sintomas de doenças. 

     Há também uma ressalva no site da empresa quanto aos textos que circulam na internet:

    "Em razão de e-mails que estão circulando na internet sobre WD-40® Produto Multiusos, a empresa afirma que o produto não foi criado para fins medicinais, ou seja, não deve ser aplicado em picadas de inseto, queimaduras ou qualquer tipo de ferimento".

     Pessoal, quando lerem algo na internet referente a um produto que faz alusão a fins medicinais, questione a si mesmo, procure pesquisar a procedência destas informações, pois pode fazer mal à saúde se seguir estas indicações.

       Até mais!

08 julho 2013

Lombriga e Suas Fases de Ciclo

      O ciclo de maturação da lombriga (Áscaris Lumbricóide) é algo um tanto quanto nojento. O caminho que ela percorre (sistema digestivo, circulatório e respiratório) parece complexo, mas explicarei de forma simples para entendermos melhor como ocorre:
  1. A pessoa ingere alimento (verduras, legumes e frutas) ou água contaminada com ovos deste parasita;
  2. Os ovos passam pelo estômago sem ser digerido, pois sua casca é grossa e resiste aos ácidos estomacais;
  3. alcança o intestino delgado e eclode, fixando nas mucosas e machucando as paredes intestinais com sua "boca" até cair na corrente sanguínea;
  4. a circulação sanguínea carrega a pequena lombriga, passando pelas câmaras do coração e indo aos pulmões:
  5. Os alvéolos do pulmão farão a troca gasosa do sangue venoso (contém CO2) transformando em sangue arterial (rico em O2), mas as lombricas ficarão fixadas ali, continuando com sua maturação;
  6. Com tamanho satisfatório para seguir seu caminho, ela sobe pela traquéia e mudará seu percurso, saindo do sistema respiratório e caindo novamente para o sistema digestivo pelo esôfago. Esta é a parte mais nojeta, pois é neste momento em que ocorre irritação na garganta e a pessoa contaminada começa a tossir para expelir a lombriga, havendo a saída pela boca ou pelo nariz, se a infestação for grande;
  7. ela passa novamente pelo estômago e cai no intestino delgado para terminar sua maturação;
  8. Já adulta, ocorre o acasalamento e a fêmea bota cerca de 200 mil ovos por dia.
  9. O hospedeiro contamina o solo após defecarem no solo ou perto de rios e córregos.
        Os meios de evitar a contaminação são:
  • Saneamento básico adequado;
  • Higiêne pessoal
  • Tratamento de água;
  • Tratamento em pessoas infectadas;
  • Lavar alimentos adequadamente
  • Insetos como o mosquito podem carregar os ovos nos alimentos.
      Os médicos sugerem para tomar medicamentos anti-parasitários uma vez por ano, adultos e, principalmente, crianças.

       Infelizmente, este parasita não está longe de ser erradicado, pois sabemos que em muitos lugares nos países de terceiro mundo, incluindo o Brasil, está longe de ter um saneamento básico adequado e água limpa. Um mal que assola 1/5 da população mundial.

      Um ciclo nojento, não acham?

07 julho 2013

Incompatibilidade Sanguínea na Gravidez

      As investigações feitas no Pré Natal são fundamentais para a saúde da gestante e do bebê. Uma destas análises é verificar a compatibilidade sanguínea ABO, pois numa incompatibilidade no fator Rh pode causar eritroblastose fetal, deixando sequelas ou morte do feto ou da mãe.
      Como é possível ocorrer isso? 
      Sob circunstâncias normais, o plasma humano não contém anticorpos anti-Rh. Entretanto, se uma pessoa Rh- receber uma transfusão de sangue Rh+, o seu sistema imune começará a produzir anticorpos anti-Rh que irão permanecer no sangue. O mesmo acontece numa gestação, na qual mãe e feto estão interligados pelo cordão umbilical e trocando plasma sanguíneo. Se a mãe for Rh - e o primeiro filho for Rh +, o sistema imunológico da mãe irá criar anticorpos anti-Rh, mas o organismo do primeiro filho não será agredido e nascerá sem sequelas. O problema é que estes anti-Rh gerados ficarão no organismo da mãe e estarão prontos para um próximo contato com sangue RH+ de uma segunda gestação (ver ilustração abaixo).
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=38439
      Para não ocorrer problemas futuros, a pós-gestante irá tomar vacina Anti-Rh entre 48h a 72, após o nascimento primeiro bebê para que o organismo da mãe não rejeite a segunda gestação.

      Na gravidez, façam Pré-Natal corretamente!  

Saiba mais em: Grupos Sanguíneos e Tipagem do Sangue - Parte 1 
                          Grupos Sanguíneos e Tipagem do Sangue - Parte 2
                          

05 julho 2013

Hormônio Glucagon: Também um Regulador de Glicemia.

      O glucagon é um hormônio secretado pelas “células alfa” das ilhotas pancreáticas de Langerlans (não confundir com as “células beta” que liberam insulina) e é um peptídeo composto por uma cadeia de 29 aminoácidos. Este hormônio tem ação antagônica (contrária) à insulina, porém agem juntos para aumentar a disponibilidade de glicose para a utilização celular. O glucagom mobiliza a glicose armazenada nos hepatócitos, enquanto que a insulina aumenta o transporte para o interior da célula.

     Durante exercício intenso, os dois hormônios atuam em conjunto, para que ocorra maior utilização de glicose pelos músculos e ocorre a lipólise do tecido adiposo (ativação da lípase hormônio sensível das células adiposas), aumentando a quantidade de ácidos graxos disponíveis para o sistema de energia do corpo.

      Os mecanismos básicos da função do glucagon são:

Regulação da Glicemia
  • Aumentar a glicogenólise (degradação do glicogênio hepático em glicose), tornando-a disponível para ser transportada para o sangue;
  • Aumentar a gliconeogênese (conversão de proteína em glicose).
      A secreção do glucagon é controlada de maneira oposta ao da insulina. Quando a concentração sanguínea de glicose cai até 60mg/100mL, o pâncreas joga glucagon para o sangue.

      O mecanismo de regulação da secreção do glucagon pelo pâncreas está relacionado com a queda da glicemia, impedindo que o teor sanguíneo de glicose baixe a valores muito baixos. Esta função também é importante para manter a concentração de glicose alta o suficiente para o funcionamento normal dos neurônios cerebrais para impedir as convulsões e o coma hipoglicêmicos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • Diabetes.Disponível em <http: //www.geocities.com/bioquimicaplicada/diabetes9htm_18k>
  • GUYTON, Arthur C. M .D, Fisiologia Humana. 6ª ed. Guanabara koogan;Rio de Janeiro.Cap.35 pg.482.
  • JACOB, Francone, Lossow, Anatomia e Fisiologia Humana. 5°ed. Guanabara.Cap34, pág 473;474; 475; 476

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