Publicidade

29 junho 2013

Quebrar Comprimidos: é correto?

      Sempre há situações em que o médico receita um medicamento em comprimidos de quantidade menor do que já temos em casa e muitos quebram ao meio para utilizar o valor recomendado. Exemplo: Tenho um medicamento em comprimidos de 500 mg e o médico receitou 250 mg. O usuário pega uma faca e quebra ao meio. Alguns já me disseram que a ranhura que vem no meio do comprimido é para esta finalidade. Errado! Aquela marca é somente resultado da fabricação do medicamento, na qual a punção da máquina tem aquele desenho em sua face e comprime o pó, deixando no formato que conhecemos.
Comprimido quebrado, ranhura no comprimido (rosa) que todos acham ser para quebrar e cápsula descaracterizada.
      Muitos comprimidos contém uma capa de proteção finíssima para atingir o local determinado na qual será absorvida. Se o local da absorção for o intestino, deverá passar pelo meio ácido do estômago quase que intacto. Se o comprimido estiver quebrado, o ativo poderá ser neutralizado e chegará apenas o residual ao local específico. Há também a afinidade de muitos ativos com a água e nosso organismo é rico com este líquido. Outro motivo da capa de proteção é a quantidade de ativo que será liberado. No local a ser abosrvido vai formando canalitos no comprimido que irá liberar o ativo aos poucos. Com o comprimido quebrado, o ativo será lançado de uma vez e o efeito será rápido, não durando o tempo que deveria agir no organismo. O mesmo vale para cápulas na qual contém grânulos ou pós em seu interior. Muitos acham que se tirar o conteúdo do invólucro, o efeito será melhor. Erradíssimo! A cápsula também é um fator de proteção para alcançar a área específica de liberação do ativo.

      Comprem medicamentos com a quantidade em miligrama (mg) exata para evitar a quebra de comprimidos e não descaracterizar cápsulas para atingir o efeito correto no organismo.

      Use medicamentos corretamente! Consulte um farmacêutico!

Nenhum comentário:

Postar um comentário